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21 fevereiro, 2011

Bons sorrisos e alegrias


Depois de tanto andar e mudar de casa, percebeu que deveria arregaçar as mangas e colocar tudo pra fora. Não que isso tivesse acontecido instantaneamente, pois ainda acontece, mas ela deu o primeiro passo.


Pensou que seria possível sim viver no presente. Depois de ter dado voltas e voltas em turnês com a banda, se pôs a pensar em, como seria diferente e impossível viver assim. Sem drogas, sem bebidas, e o pior de tudo: com o juízo no lugar!


As pessoas não davam tanta credibilidade à ela. Se encontrava alí, nos fundos do lote alugado, não por aquele traste, mas por suas economias, estendendo no varal: o lençol de sua cama, algumas blusas e uns vestidos floridos, assim como o campo em sua frente, no horizonte.
Nos cômodos, enfeitados por papel parede demonstravam parte do ser. Era infantil, de fato. Mas, que criança gostaria de crescer numa casa sem nenhuma referência de que, alí havia inocência?


Marluce tinha algumas cosias em mente, como por exemplo: dezenas de giz de cera para colorir as paredes de casa, pelas mãos de seu próprio bebe. LIBERDADE, pensava.


Com muito vigor e alegria, sabia, e estava se planejando para isso, inclusive, no verão passado fez terapia, obteve grandes resultados, de fato. Era perceptível a alegria que demonstrava em seu sorriso. Ao vento soprar no lençol e nas roupas, sabia e acreditava que bons ventos, bons sorrisos e alegrias viriam.