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09 janeiro, 2009

É chuva!


Ela despertou de um sono na madrugada fria e chuvosa, abriu a cortina e olhou para o céu, viu aquela chuva suave que caia sobre as casas, que caia sobre o lixo ainda não recolhido. Abriu as janelas e sentiu aquele vento, as gotas da chuva que pousavam em sua face lhe traziam aquela sensação, do dia em que sorriu, daquele dia em que esteve perto e sentiu o que acha de mais mágico nesta vida, as gotas em sua face caiam numa velocidade gigantesca e com o passar dos milésimos de segundo as gotas iam engrossando, é chuva!
Fechou os olhos com todas aquelas gotas em sua face e lembrou do enorme jardim que ela tinha e em suas borboletas que lá estavam e lá coloriam e enfeitavam um enorme campo, debaixo de um lindo céu, onde debaixo dele, ela repousava; e lá ela sonhava e corria, corria até chegar onde queria, e lá seria e é o seu grande esconderijo; não de pique - esconde, mas o seu refúgio, e logo respirava fundo e caia em si, é chuva!
As gotas que desciam devagar em sua face lhe recordavam as dores e as conquistas já vividas e sofridas e que não eram dias de solidão e nem tristes e sim felizes e geniais, é chuva!
A chuva daquela madrugada, que levou sua alma pra passear, e que a lavou e lhe renovou, trouxe para hoje, para este momento coisas novas, coisas que se renovarão uma alma aliviada, não só de alegrias, mas também de tristezas, de crescimento, de uma alma, um pensamento amadurecido e extravagante , é chuva!
'Eu quero paz e arroz, amor é bom e vem depois ... '